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domingo, 29 de novembro de 2015

Cobertura de imprensa: O desastre de Mariana - MG


No último dia 5 de novembro, o Brasil foi palco de um dos desastres mais catastróficos dos últimos anos. O rompimento das barragens de Fundão e Santarém em Minas Gerais, liberou o equivalente a 25 mil piscinas olímpicas de resíduos de minério de ferro, lama e água, um evento apocalíptico que se alastrou até estado do Espirito Santo.

Os grandes meios de comunicação logo trataram de divulgar a informação para as massas. Nenhuma mídia foi imparcial, pois adotaram suas posições políticas-ideológicas. A TV, o rádio, a revista, o jornal e a internet são meios privados de comunicação, portanto possuem seus próprios interesses capitalista que objetivam o lucro, não a informação verdadeira e transparente.

Samarco, empresa responsável pelas barragens é uma joint-venture (sociedade mista) entre Vale e BHP Billiton, essa última gigante de commodities, que teve lucro de $ 13,8 bilhões de Dolores no ano passado. Juntas essas 3 corporações representa um poderoso capital econômico. Desde patrocínios em competições esportivas, a compra de grandes pacotes de mídia em diferentes meios de comunicação. Essas empresas controlam boa parte no Brasil: minério de ferro, pelotas, níquel, fertilizantes, cobre, manganês e ferroliga. 

A cobertura de imprensa do desastre foi bastante superficial. Os grandes meios de comunicação deixaram muito evidente o esforço da Samarco para minimizar os desastres, sobretudo como as substâncias que não ofereciam “riscos” a saúde humana, somente a fauna e a flora. A verdade é uma só: esse desastre vai impactar a vida de milhares de pessoas.

A mídia tratou a lama, a contaminação do Rio Doce, e da praia de Regência litoral no Espirito Santo, com certa naturalidade e minimizando os reais impactos. Por onde passava a lama deixava seu rastro de destruição, matando peixes, animais e plantas. A praia de Regência, berçário de tartarugas foi alastrada pela contaminação. Aquilo não é apenas lama comum é resíduo de minério de ferro, como mercúrio, arsênio e chumbo, que são metais pesados que afetam a saúde humana de maneira destruidora:
  • Perturbação da biossíntese da hemoglobina e anemia; 
  • Aumento da pressão sanguínea; 
  • Danos aos rins; 
  • Abortos; 
  • Alterações no sistema nervoso; 
  • Danos ao cérebro; 
  • Diminuição da fertilidade do homem através de danos ao esperma; 
  • Diminuição da aprendizagem em crianças; 
  • Corrosão da pele, olhos e trato intestinal; 
  • Modificações no comportamento das crianças, como agressão, impulsividade e hipersensibilidade.

Por fim a mídia cumpriu em parte sua função de informar a população, omitindo informações relevantes e tratando com superficialidade o que foi um dos maiores desastres ambientais. Em nenhum momento foi informado as substancias que aquela lama possuía, e como essas substancias podem se perpetuar no ambiente durante milhares de anos, afetando a fauna e flora de maneira permanente, até porque os metais pesados não desaparecem do ambiente eles se perpetuam e vão se acumulando durante a cadeia alimentar, indo das plantas para os animais que a consomem, dos animais para os seres humanos. Isso não afeta a vida de poucas pessoas, mas sim de muitas.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Liberdade de Expressão


Liberdade de expressão é o direito de qualquer indivíduo manifestar, livremente, opiniões, ideias e pensamentos. A liberdade de expressão privada é uma relação natural entre as partes e por isso não necessita de prevenção ou censura. A liberdade de expressão é um direito humano, protegido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, e pelas constituições de vários países democráticos.

As sementes dos processos democráticos originaram na Grécia antiga na idade média. Já no Brasil podemos dizer que a democracia é relativamente nova, sendo em 1988 com uma mudança na constituição brasileira, foi possível uma melhor relação democrática, entre sociedade democrática, direitos e garantias individuais. Conferindo uma melhor liberdade da manifestação do pensamento. 

Vivemos em uma sociedade moderna e democrática, no entanto liberdades demais impõem responsabilidades. Liberdade de expressão não pode ser confundido com abuso de poder e ilegalidade, como calúnia, difamação ou injúria, pois pode originar um processo ou resposta em reação à declaração feita. Isso fica bem claro quando analisamos alguns movimentos sócias como as próprias redes sociais. Mediados por dispositivos eletrônicos pessoas ofendem, difama e agridem de variadas formas. A liberdade de expressão realmente é validade, mas deve existir um limite e coerência entre moral e ética.

domingo, 4 de outubro de 2015

Resenha: Filme Mera Coincidência

As imagens condicionam nossos comportamentos e a percepção do mundo a qual nos cerca. Isso fica muito evidente no filme Mera Coincidência (1997). Dirigido por Barry Levinson e estrelado por Robert De Niro e Dustin Hoffman. O filme é uma crítica muito grande aos sistemas de comunicação, com enfoque na televisão, na forma como ela articula as informações visando influenciar as massas.

Tudo começa com um escândalo político as vésperas da eleição, em que o atual presidente dos EUA, abusa sexualmente de uma jovem bandeirante em plena Casa Branca. Logo, a saída foi arrumar um marqueteiro capaz de administrar a crise. De forma criativa Conrad Brean (Robert De Niro), sugere que é preciso distrair a massa até o dia das eleições. Primeiro ele cria uma guerra com a Albânia, com direito a diretor de Hollywood (Dustin Hoffman), estúdio de cinema e efeitos especiais. Tudo isso para criar a ideia de realmente existia uma guerra e o presidente estava fazendo de tudo para proteger o povo americano dos terroristas albaneses. Entretanto, aparece a CIA, órgão de inteligência americano que percebendo a farsa, vincula na TV que a guerra havia acabado. Nessa parte somos confrontados novamente com a ideia de que se está na TV, é a verdade! Assim a massa novamente se convence influenciada pela mídia que a guerra havia terminado. A cúpula de marketing da presidência não se assusta, agora era preciso criar um herói de guerra, que havia sido deixado para traz durante os confrontos. Novamente eles articulam na mídia imagens que articulam emoções na massa, influenciando de novo.

Por fim depois de variadas estratégias de comunicação, utilizando publicidade, jornalismo e cinema, o atual presidente foi reeleito. Mera Coincidência, abre uma discussão, sobre como a mídia condiciona símbolos, ícones e heróis para influenciar as sociedades de massas. Portanto, não foi nada mera coincidência, foi tudo planejado e executado pelos melhores talentos em comunicação. Mera Coincidência coloca em cheque a confiabilidade das informações circuladas pela mídia. Nem tudo o que vemos é real, afinal nossa percepção é alucinação criada pelo meio exterior.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Relção entre Público e Privado




Nossa humanidade passou por muitas transformações ao longo dos milhares de anos. Parte dessa transformação inclui viver em uma sociedade. Sociedade compartilhada por pessoas. Nossas sociedades modernas são organizadas em classes sociais, em que as riquezas determinam ‘status’ e ‘poder’, em que cada indivíduo tem acesso ou não tem acesso, a certas coisas.

O termo “Publico”, significa que tudo o que vem a público pode ser visto e ouvido por todos e tem a maior divulgação possível. Nesse sentido, quando um pensamento ou um sentimento é divulgado, o privado torna-se de acesso público. Contudo, esse fenômeno é garantido pela condição de que os outros têm de partilhara realidade do mundo e de nós mesmos. O mundo público é fruto das mãos humanas, portanto o lugar que cada indivíduo ocupa dentro dele, é ao mesmo tempo, o que separa e estabelece relação entre as pessoas.

O termo “privado”, tem o mesmo sentido de privação. Para Arendt (2008, p. 68), ser privado da realidade significa ser destituído de coisas essenciais à vida, isso é, ser despojado da possibilidade de ser visto e ouvido por outros. Ou seja, “privado de uma relação objetiva com eles decorrente do fato de ligar-se e separar-se deles mediante um mundo comum de coisas, e privado da possibilidade de realizar algo mais permanente que a própria vida”. Na ausência de outros, o homem privado não se dá a conhecer e, portanto, não existe a todos.

Enquanto o Público é acessível a todos o Privado é restrito a todos.
Quando vivemos em sociedade, as vezes o público se torna privado, e o privado se torna público. Parece confuso, mas fique tranquilo, vamos entender melhor.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Mídia: Instrumento de Manipulação de Interesses



Quando crianças, somos forçados a aceitar a TV em nossas vidas. Aos poucos nos acostumamos com ela, depois de um tempo, ela passa a ser parte fundamental. Mediando e gerando significação a respeito do mundo. Não é de se duvidar o quanto essa mídia, tem o poder de nos influenciar, afinal foi a partir dela que aprendemos e interagir com ideias, símbolos e histórias.

As sociedades de massa, são extremamente importantes para a mídia em geral, pois a massa possui um comportamento padronizado. A mídia entendida como o complexo de meios de comunicação que envolve mensagem e recepção, cuja manipulação dos elementos simbólicos é sua característica central. Tem por objetivo padronizar o comportamento das massas. 

A população é facilmente influenciada pela mídia principalmente quando está relacionada a novelas. Nestas, heróis nacionais são criados. Acaba uma novela e inicia outra e os modelos de comportamentos, beleza, moda e outros vão se alterando. Mudam os personagens, a trama e os assuntos abordados e a sociedade vai respondendo a este estímulo produzido. Os padrões difundidos são copiados e seguidos.


Assistir televisão, navegar na Internet, falar ao celular são coisas do cotidiano da maioria da população mundial. Somos, todos os dias, bombardeados por diversas mídias que, em comum, têm o objetivo de nos vender alguma coisa: uma ideia, um produto, um sonho, etc. E essa tecnologia influencia o tempo todo a sociedade e em consequência, a educação, tanto informal quanto formal. Podemos afirmar que a vida e a interação humana são mediadas e controladas pelos meios de comunicação. 


Ouvimos falar com frequência que a mídia é "o Quarto Poder" em uma nação. É difícil aceitar, mas não deixa de ser verdade. A mídia influencia as pessoas no modo de agir, de pensar e até no modo de se vestir. Ela cria as demandas, orienta os costumes e hábitos da sociedade, além de definir estilos, bordões e discussões sociais. A mídia dita as regras, as tendências, os padrões de beleza, os ídolos a serem adorados e seguidos, impondo padrões de beleza.


É possível perceber que os órgãos da mídia - emissoras de TV, rádios, jornais, revistas, portais - atuantes na esfera pública são em larga medida empresas privadas que, como tal, objetivam o lucro e agem segundo a lógica e os interesses privados dos grupos que representam. 


Assim, a mídia, concebida como ator político/ideológico, é fundamentalmente como instrumento de manipulação de interesses e de intervenção na vida social, pois representa, por meio de seus órgãos, uma das instituições mais eficazes quanto à difusão de ideias em relação a grupos estrategicamente reprodutores de opinião, caracterizando-se como pólos de poder.


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Um Mundo Construído Por Consumo









Vivemos em um mundo incerto, complexo e ambíguo. 

Nosso mundo é composto por vários sistemas: político, social, econômico... etc. Cada sistema desses interferem em nossas vidas dessa ou mesmo daquela maneira. Participando de forma ativa na construção da nossa identidade e percepção do mundo em qual compartilhamos.

O pilar do capitalismo moderno, assume que o consumo de bens e serviços é necessário para a construção de um mundo melhor. Baseado na premissa que consumismo é a única forma de manter um mundo organizado e funcionando em perfeita harmonia. 

O capitalismo até funciona bem, entretanto a manutenção desse sistema exige combinações de múltiplos mecanismos de persuasão, são mecanismos para criar consumo. 

Os seres humanos são seres emocionais por natureza. Sabendo-se disso o capitalismo moderno articulam diferentes estratégias de comunicação para atrair atenção do consumidor, para que ele tenha uma compreensão da empresa e produto, construindo uma forte convicção de que ele tem uma necessidade e essa empresa pode resolver essa necessidade, levando a ação de compra.

Os sistemas articulam assim: atenção, compreensão, convicção e ação de compra. Girando um processo sem fim de consumo.