quarta-feira, 22 de junho de 2016

Despertando a Criatividade: O Processo Criativo

A criatividade fez nosso mundo passar por várias ondas de inovação. Entramos no século XX, de carroça e saímos dele, voando em máquinas voadoras incríveis. Em menos de 100 anos, a criatividade possibilitou mudanças profundas no mundo em que vivemos. No entanto, as idéias revolucionárias, não surgirão do acaso, elas amadureceram a partir de processos. Mas espera aí, de onde vêm, as grandes idéias? 

O guru da inovação, Steven Johnson, diz que, as grandes idéias, não surgem do nada, elas demoram, um certo tempo para amadurecerem. Isso acontece, porque, as boas idéias, nascem da colisão de dois ou mais palpites, que ao colidirem, criam algo maior que eles próprios. Basta dar uma olha, na história da inovação dos últimos 600 anos. Uma característica dos maiores inovadores é que eles conseguem trabalhar em uma ideia, por muito tempo. Tim Barners Lee, por exemplo, ficou 10 anos trabalhando em uma forma de organizar dados digitalmente, e, depois de algumas frustrações ele decidiu abandonar o projeto. Somente, após 10 anos, que ele conseguiu visualizar completamente, a World Wide Web. Outro exemplo, é a invenção da lâmpada elétrica, que demorou mais de 20 anos, e envolveu muitas pessoas. Viu, as ideias demoram um tempo para amadurecer. Paciência é fundamental.

Para o guru, é com bastante frequência na história da inovação, que vemos exemplos como esses. Pois, as grandes idéias demoram muito tempo para surgirem. Elas passam um certo tempo, em um estado de incubação, como um palpite menor. Quando elas ganham forma, nessa fase de palpite, elas vão necessariamente, precisar colidir com outro palpite. Aquilo que transforma um palpite, na ideia extraordinária, é na realidade, um outro palpite, que estava vagando na mente de uma outra pessoa. É por isso, que os cafés durante o iluminismo e os salões parisienses no modernismo eram motores de criatividade. Pois eles criavam espaços onde as ideias pudessem se misturar, se combinar e gerar novas formas.

Historicamente a globalização e a capacidade de buscar outras pessoas com quem possamos trocar ideias, e pegar emprestado intuições alheias, combinar com nossas próprias intuições, e transformá-las em algo novo. Foi o que permitiu, a nova onda de inovação, que, o nosso mundo vive nos dias de hoje. Bom, é inegável que a inovação é, cada vez mais, um trabalho de equipe. As melhores ideias surgem quando pessoas com habilidades diferentes abordam o mesmo problema e trocam ideias entre si. Se cada uma delas apresenta uma visão diferente da situação, há chances muito maiores de surgir uma boa solução. Uma das razões, porque a Tesla tem sido tão bem-sucedida em reinventar o automóvel é que Elon Musk tem três empresas, uma de energia solar, uma de tecnologia espacial e outra de automóveis. É, exatamente, essa profunda colaboração entre as três empresas, que está permitindo a maior revolução da nossa era, o surgimento dos automóveis movidos a eletricidade, e que dirigem de forma autônoma, sem motorista. 

A criatividade é a capacidade de criar algo novo, único e original. Você pode criar de duas maneiras: inventando ou descobrindo. Invenção é quando você associa e combina, diferentes elementos ou imagens mentais. Já a descoberta, é quando, você se dá conta, de algo, que até então, não se tinha noção. Na descoberta a inteligência e a intuição devem trabalhar juntas. A criação de algo novo, não aparece subitamente, como o estalar dos dedos, uma inspiração divina ou um momento de sorte. Acontece através de um processo criativo, e esse processo possui quatro fases: observação, informação, meditação e ação.

A observação consiste em perceber, ver e não interpretar. Nessa etapa, acontece a mobilização interna para expandir e ir além do que já se sabe sobre o problema. Deve ser relatada como foi visualizada, sem que as ideias interpretativas sejam usadas. Ou seja, ás vezes nossos pré-julgamentos, nos impedem de ver as coisas como elas realmente são. Portanto, é fundamental atentar ao problema, por quantos lados forem possíveis. A observação deve ser realizada de forma objetiva, sem deixar que as opiniões, os sentimentos e as emoções influenciem no processo de análise. Einstein, dizia que a formulação de um problema, seria o essencial para a sua solução. Levantar novas dúvidas, novas possibilidades, olhar velhos problemas, sob novos ângulos, requer imaginação.

A informação, é essencial, após encarar um problema. Torna-se vantajoso, levantar todas as informações possíveis, a respeito do assunto. Pesquisar na internet é um excelente modo, para descobrir como as pessoas ao redor do mundo, solucionam dilemas similares aos seus. Sua sabedoria de mundo, seu repertório pessoal, auxiliará na busca, por referências mais assertivas. Você precisa investigar de diferentes maneiras: lendo, anotando, discutindo, indagando, explorando. Essa forma preparação, torna-se necessária, e a familiarização com os palpites alheios vai permitir, a você ter insights incríveis. É extremamente difícil para nós tentamos resolver um problema sem ter algum conhecimento sobre os fatos. Uma dica incrível nessa fase de levantamento de informação, é criar um quadro de ideias, você pode pegar uma prancheta e acumular ideias, inspirações e conceitos mais relevantes para o seu problema.

A meditação é um ato de intensa concentração, da mente em um assunto, é a elaboração de um processo mental, para encontrar soluções. Enquanto você investigava, durante a etapa de informação, seu inconsciente começa a combinar inúmeras hipóteses. Nessa etapa você deve refletir muito, sobre tudo, que já foi analisado e pesquisado. É nessa hora que você pode começar a combinar todas as suas informações e suas observações. Sua mente já está fértil, é preciso dar asas à imaginação e começar a usá-la para encontrar soluções. Aquele quadro de ideias que você criou, será muito útil, na hora de imaginar e combinar vários elementos. Para Salvador Dali, artista do período Surrealismo, confusão gera criatividade. Portanto, não tenha medo, confunda tudo, misture tudo, combine tudo, separe tudo de novo, teste as idéias na sua mente. Anote tudo. Tanto na arte quanto na ciência, é da quantidade que se extrai a qualidade, isto é, quanto maior o número de ideias, maiores as chances de encontrarmos aquela que representará a solução do problema. O conceito de que da quantidade que se extrai a qualidade é fundamental em criatividade.

Por fim inicia-se o processo de ação, é preciso separar as ideias válidas, das não válidas e testá-las, para ver qual oferece a melhor solução. Pensando nisso, Mackinnon criou cinco critérios necessários para avaliar uma ideia criativa:

1) Originalidade: os produtos mais criativos são aqueles que são originais entre toda a civilização ou história da Humanidade.

2) Adaptação à realidade: o simples fato de ser original, não quer dizer que seja criativo. É necessário que o produto sirva para resolver um problema ou para alcançar um determinado objetivo. Que seja adaptado à realidade.

3) Elaboração: é necessário que o produto seja desenvolvido e comunicado. Desta forma, este produto poderá ser avaliado quanto a sua possibilidade de utilização pela sociedade.

4) Solução elegante: se a solução do produto é simples, porém estética.

5) Transformação de princípios antigos: o produto transcenda, transforme ou revolucione os princípios até então aceitos pela sociedade.

O processo criativo é um dos métodos que nos guia na busca de soluções. Existem ainda outras formas de geração de ideias, como o Brainstorm e o Brainwriting, ambos feitos em grupo. Lembra, quando dois ou mais palpites colidem, criam algo maior que eles próprios, mas fica tranquilo, porque no futuro falaremos exclusivamente sobre eles.

Você já percebeu como vemos o mundo ao nosso redor? Nossos sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição - captam os estímulos do ambiente e as transformam em emoções ou sensações, que são interpretados pela nossa mente, criando a percepção. Essas percepções do mundo, ficam armazenadas em nossas cabeças, em forma de memórias. Não é incrível, isso? Seu cérebro irá vasculhar dados na memória e criar associações, entre esses dados. Quanto mais dados armazenados, mais chances de surgirem conexões inusitadas e criativas. Cada novo conhecimento é como um ingrediente extra. Com mais opções, dá para criar mais receitas novas, certo?

No próximo artigo iremos falar como adicionar ainda mais ingredientes na sua receita, e como pequenas atitudes podem ajudar a despertar ainda mais, o seu lado criativo.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Criatividade Como Ferramenta de Inovação

O mundo está mudando muito rápido, não é mesmo? Mas, isso não vem de hoje, certo? Desde a pré-história, os hominídeos, lembra, meio homem, meio primata, uma espécie anterior a nossa. Lá nos tempos antigos, há dois milhões de anos atrás, eles projetavam instrumentos simples, feitos de pedra, que eram usados no cotidiano, para abater uma caça, entre outras coisas. De algum modo, esses instrumentos acabaram alterando a vida deles. Sem ter consciência disso, os hominídeos, iniciaram a maior revolução, a sua própria evolução. Que loucura né? Mas foram esses gatilhos de inovação, o de usar a imaginação para solucionar os problemas do cotidiano, que fez a raça humana, evoluir até os dias de hoje.

Todas as pessoas são criativas, você pode até falar, ou até mesmo achar que não é criativo de jeito nenhum. No entanto, todos os seres humanos que possuem a habilidade de pensar, projetam o mundo, através de um processo de racionalização. Se você projeta, logo você imagina, e a imaginação é a base da criatividade. Dos exemplos que vemos por aí, até os homens das cavernas conseguiram imaginar e solucionar problemas do seu cotidiano. Logo em seguida, no século XIX, durante o período chamado Renascimento, a imaginação permitiu grandes invenções e as maiores criações da humanidade. Sua imaginação tem poder, portanto valorize-a.

A criatividade não é acidental, também não é um dom divino. Ela é muito mais que isso, é a coragem para derrubar obstáculos. Exatamente, a criatividade é ferramenta para resolver problemas, e vamos combinar, da infância até o fim de nossas vidas, resolver problemas faz parte do nosso cotidiano. A criatividade é uma decisão pessoal, é a ousadia para projetar soluções aos problemas. Não se engane, não é qualquer solução, mas a transformação de princípios antigos em algo original. Parece complicado, mas muita calma, o que vai determinar o nível de criatividade é o seu conhecimento, quanto mais conhecimento, mais criativo você é. As pessoas mais criativas, são aquelas mais sensíveis e receptíveis, ao mundo que os cerca. Essas pessoas absorvem mais conhecimento, mais informação, mais emoção e mais experiências. Será a sua sabedoria do mundo, o seu repertório pessoal, que vai permitir criar soluções aos problemas.

Criatividade é a capacidade de criar algo novo, único e original. Você pode criar de duas maneiras: inventando ou descobrindo. Invenção é quando você associa e combina, diferentes elementos ou imagens mentais. Já a descoberta, é quando, você se dá conta, de algo, que até então, não se tinha noção. Na descoberta a inteligência e a intuição devem trabalhar juntas.

A criatividade é a ferramenta fundamental na raça humana. Se o homem não fosse criativo, ainda viveríamos na era das cavernas. E vamos combinar, viver na época das cavernas não é nada legal, sem smartphones, sem computadores, sem internet, oh meu deus, sem internet! Pois é, todas essas inovações tecnológicas que temos hoje em dia, que facilitam muito a nossa vida, surgiu da mente criativa de alguém, e ao longo do tempo outras pessoas foram melhorando esses conceitos, criando uma reconceituação do que já existia. 

Das ondas de inovação que nosso mundo já viveu, teve a onda agrícola, a onda industrial, a digital (onde vivemos hoje) e a das inteligências artificiais (o futuro da tecnologia). É possível perceber que as ondas de inovações, são interligadas, uma complementa a outra, evoluindo ao longo do tempo. Parece assustador que dispositivos inteligentes, estão causando mudanças profundas no mundo que vivemos. Um grande exemplo disso são os smartphones, eles são incríveis e convergem milhares de funções impressionantes, de calculadoras a mapas, de relógios a câmeras fotográficas, de editor de texto a reprodutor multimídia, entre tantas outras funções. De certa forma, o mercado de smartphones, acabaram devorando muitos mercados. As pessoas deixaram de desejar ter vários dispositivos, e passaram a ter somente um. Muda-se as inovações, muda-se a percepção das pessoas. Os ciclos de inovação que o mundo passa, muda nossa percepção, nossas sensações, os processos cognitivos e os valores humanos. As inovações mudam não somente o nosso pensamento, senão também as bases em que ele se estrutura. É assustador, mas não sou eu que estou dizendo isso, quem disse isso foi Marshall McLuhan, o pioneiro dos estudos culturais e no estudo filosófico das transformações sociais, provocadas pela revolução tecnológica. O mundo está mudando, e de certa forma é preciso mudar também. Ser criativo, no mundo de hoje, é questão de sobrevivência no mercado.

A inovação muda tudo, certo? Mas o que é ser inovador no mundo de hoje? Inovação significa novidade através da reconceituação de princípios antigos, é pegar o que já existe e conceituar de uma perspectiva totalmente nova. Inovação é o processo que inclui fundamentos técnicos, criação, evolução e combinação. Que irá se tornar em potencial de venda de novos (ou melhorados) produtos, ou novos (ou melhorados) processos. Quando a inovação cria o aumento de competitividade, é considerado um fator de crescimento econômico. Toda a inovação possui uma responsabilidade econômica, para ser inovador é preciso ser economicamente viável e trazer rentabilidade. ­

Assim com a sua criatividade, torna-se possível solucionar os problemas do cotidiano, dando à luz a um processo ou um produto inovador. Jamais subestime sua capacidade, dos exemplos que o mundo nós da, pessoas normais fizeram coisas incríveis, como Steve Jobs, que largou a faculdade, e criou a Apple, como Silvio Santos que já foi um camelô, e hoje possui um império de comunicação. Só é inovação de verdade, quando gera mudança de realidade. 

As mudanças estão sempre acontecendo e sempre continuarão a acontecer, porque nosso mundo, nosso universo e nós mesmo estamos sempre mudando. Todas as grandes revoluções, não começaram gigantes, elas começam pequenas, e começam dentro de cada um de nós. Todas as pessoas, são capazes de iniciar suas próprias revoluções, afinal a criatividade é uma decisão pessoal. Entretanto, além de uma decisão pessoal, existem processos, que podem desencadear, uma verdadeira chuva de ideias. No próximo artigo, iremos falar, profundamente, sobre os processos criativos, e ajudar a você, liberar parte da criatividade que já existe dentro de si.

domingo, 10 de abril de 2016

Marshall McLuhan: 'O Meio é a Mensagem' e 'Aldeia Global'




O lema “O meio é a mensagem” resume uma de suas mais celebres intuições. Marshell McLuhan se dedicou aos efeitos avassaladores da mídia no meio social. Foi pioneiro dos estudos culturais e no estudo filosófico das transformações sociais, provocadas pela revolução tecnológica. Vivemos hoje em uma “sociedade planetária”, eletronicamente conectada, compondo uma “aldeia global”. McLuhan Foi um destacado educador, intelectual, filósofo e teórico da comunicação canadense. Conhecido por vislumbrar a Internet quase trinta anos antes de ser inventada.

Herbert Marshall McLuhan nasceu em Edmonton Canadá em 21 de julho de 1911. Ainda criança se mudou para Manitoba centro-oeste do Canadá. Se formou em Mestre das Artes em Língua Inglesa na Universidade de Manitoba. 

Filho de um corretor de seguros e de uma atriz. McLuhan teria herdado de sua mãe, sua excepcional capacidade de memorização, assim como uma aptidão invejável ao improviso verbal e pela poesia.

Na década de 30, entrou para um Doutorado na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Aonde teve contato com a filosofia retórica. Logo ele aprendeu sobre os instrumentos retóricos: Imagens sugestiva, Metáfora, Alternância de ritmo, Expressão irônica. Marshall McLuhan aprendeu que não é o conteúdo de um poema o que, esteticamente, importa; mas sim o impacto da sucessão de metáforas, é que produz o efeito psíquico, na mente do leitor. Metáforas intrigam, instigam, implicam, magnetizam, aturdem. Fascinam, sempre.

Na década de 40, em Toronto, Marshall McLuhan teve contato com Harold Innis, economista político. H. Innis afirmava que, desde os primeiros tempos da escrita manual, as tecnologias da comunicação vinham influenciando a formação das sociedades humanas. Existe meios de comunicação para os quais o tempo serve de base, como a escrita hieroglífica egípcia gravada na pedra.
Assim como há meios de comunicação – mais portáteis e transitórios – para os quais a referência é o espaço, como o papiro, cujos manuseio e facilidade de transporte foram valiosos para a consolidação do Império Romano. A escrita é instrumento, acontecimento, memória e lei.

Para Marshall McLuhan Mídia não era apenas meios de comunicação como jornal, o rádio e a Televisão. Para ele todos os artefatos humanos que realizam a função de comunicação, como a estrada, o dinheiro, o relógio, a roupa, a calculadora entre tantos outros, são tecnologias e aplicações de conhecimentos científicos, portanto são conquista humanas e sociais.  o ‘Meio é a Mensagem’, pois o meio de comunicação, determina sua mensagem.

Marshall foi longe, e observou que que expansões tecnológicas criam novas percepções, criando novas formas de cognição. 
Cada tecnologia possui um modo de ver, sentir e fazer coisas. O jornal se comunica através de imagens e textos, o rádio através do som, e a televisão do audiovisual. Cada uma dessas tecnologias se comunica de forma distinta, causando mudanças em nossa percepção e utilizando nossos sentidos (visual, tático e sonoro) para captar informação. São precisamente estas modificações (do contexto sociocultural) que compõem a men­sagem de um meio de comunicação. Ele estudou a fundo o modo pelo qual a mídia afeta a percepção, as sensações, os processos cognitivos e os valo­res humanos. Os meios de comunicação mudam não somente o nosso pensamento, senão também as bases em que ele se estrutura.
Marshall McLuhan entendeu que uma mesma experiência pode ser “telegraficamente” compartilhada por distintas culturas, independentemente de fronteiras geográficas, graças aos mecanismos de comunicação de seus signos e símbolos. 
Esse compartilhamento e conexão de lugares isolados através dos meios de comunicação, ele atribui como ‘Aldeia Global’. Novas tecnologias eletrônicas tendem a encurtar distâncias. O progresso tecnológico tende a reduzir todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia: um mundo em que todos estariam, de certa forma, conectados.

Hoje, vivemos em um mundo conectado por redes sociais e dispositivos eletrônicos, compondo uma aldeia global, tribalizada pelas mídias e pelo consumo de marcas. Buscando identificação e experiências que transcendam status sociais e satisfação pessoal. Marshall McLuhan não só antecipou o futuro, mas também ele dá uma pista do que nos reserva no futuro.





Referências:
  • https://aboutmarshallmcluhan.wordpress.com/2011/04/18/tribalizacao/
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Aldeia_Global
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/O_meio_%C3%A9_a_mensagem
  • http://www.ufjf.br/facom/files/2013/03/R10-01-AluizioTrinta.pdf





domingo, 20 de março de 2016

Análise Propaganda Magazine Luiza



A propaganda Multicanalidade do Magazine Luiza, tem por finalidade apresentar a vendedora virtual Lu. Logo no começo do vídeo a personagem já se apresenta “Oi, eu sou a Lu, do Magazine Luiza’’. Ela ressalta que terá papel de protagonismo em todos os lugares onde a marca estará presente: site, mobile, rede social, televendas, chat e nas lojas físicas.

O discurso da marca é que a personagem vai ajudar experimentar novas tecnologias e manter o consumidor sempre informado. Estará aonde e quando o cliente desejar. Estará no site explicando os produtos, no celular mandando ofertas exclusivas e tirando dúvidas nas redes sociais. Isso demonstra forte apelo da marca no marketing multicanal.

A marca demonstra uma preocupação, dizendo que o mundo está cada vez mais digital e quer levar esse mundo até os consumidores. Vendendo a ideia de que para entrar no mundo digital é preciso ser acompanhado pela Lu. Organizando o sentido de que a personagem Lu, estará em todos os lugares que o consumidor precisa e ajudando a fazer a melhor compra.

sexta-feira, 11 de março de 2016

O que é um discurso?









O discurso seja ele falado ou escrito tem por objetivo transmitir uma mensagem. O discurso é um conjunto de ideias, pensamentos e visões de mundo, usado para comunicar e persuadir.

Desde a pré-história a comunicação vem mediando a interação dos seres humanos. Foi a partir da necessidade de se comunicar que passamos a desenvolver a linguagem e aos poucos aprendemos a toma-la conforme nossa necessidade.

A linguagem humana carrega ideias e significados, possui uma forma característica em cada cultura, cada língua é única, portanto a forma de transmitir ideias é diferente em cada contexto e sociedade. 

O discurso é uma linguagem, ele carrega uma estrutura e um conceito, e o contexto e a sociedade modificam seu entendimento. Discurso=Linguagem.

Numa sociedade a construção de um discurso é uma produção simbólica, uma vez que produz um signo linguístico, que é a união de uma imagem acústica (forma) e seu sentido/significado (representação mental de um objeto). Signo= significante + significado.

No trabalho, por exemplo, às vezes é preciso criar argumentos e ideias para convencer nosso colega a nos ajudar, isso é uma forma de discurso, é o arsenal de ideias, formas e conceitos para comunicar uma mensagem e persuadir. Discurso = Poder.

Na publicidade e na propaganda o discurso é uma ideia pronta, sem reflexão, ele age sobre quatro núcleos perceptivos: desejo, carinho, atenção e felicidade. O discurso publicitário é um discurso mitológico, onde a fantasia é usada para descrever a realidade. Porque no fundo é o que as pessoas querem, algo que as tire da realidade por um tempo.

“O mundo se torna a percepção de uma imagem, a produção de um discurso”. Carlos André Donzelli

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Dedicatória: Aula de Sistemas de Comunicação \o/


O mundo acontece para aqueles que se movimentam, certo Camarão?

Profº Carlos André Donzelli


Foi um semestre incrível!! Os blogs foram um arraso!! Gostamos muito de escrever aqui, foram momentos memoráveis!! Tudo começou com as imagens e como os elementos simbólicos condicionam nosso comportamento através dos elementos estéticos. Sensualidade é o máximo!!



Depois falamos sobre a origem da Tv no Brasil, Chatô é o cara! Fomos mais a fundo falamos sobre a TV, que como mídia de manipulação de interesses, é um sistema privado e objetiva o lucro e age segundo a lógica e os interesses privados dos grupos que representam. Nem tudo o que vemos é real, é preciso pensar mais!

Falamos sobre as relações entre público e privado, de interesse coletivo, de uso coletivo e interesses privados. Foi o máximo!! O filme Mera Coincidência colocou em cheque a confiabilidade das informações circuladas pela mídia. Nem tudo o que vemos é real, afinal ‘nossa percepção é alucinação criada pelo meio exterior’, lembra? Essa é sua frase!

Falamos de Liberdade de expressão peça fundamental numa sociedade moderna e democrática. Aliás cabeças pensantes, criam mais, inovam mais, e transformam produtos, lugares, processos e experiências. Experiências essas que fez até mudar a função da Publicidade ao longo do tempo! Nossa sociedade mudou, os dispositivos eletrônicos mudaram os hábitos e costumes das pessoas, mediando a interação entre pessoas e sistemas. Uauuu!

Assim foi nosso semestre cheio de desafios e novos conceitos. Falamos de web, de comunicação, interatividade, interface e convergência. Tudo muito empolgante \o/!!!

Falamos sobre marca, branding e associações simbólicas que combinadas criam as experiências com as marcas. Sua paixão pelo Branding foi muito positiva construímos dialogo e até um certo enfrentamento branding Vs marketing... rrssr... Tudo muito legal!! Já estudei um pouco sobre o branding, li sobre gestão de marcas no livro de Kotler, me encantei com o livro de Kevin Robers, o Lovemarks... adoro Branding..., mas o Marketing toca mais forte... o amor realmente tem tudo a ver com o sucesso de um produto, e é conseguido através do branding, entretanto estar na hora certa e no lugar certo, depende de múltiplas estratégias mercadológicas, ferramentas do Marketing. Certo?

Conhecimento é algo que ninguém tira de nós, aprendi muito com você Camarão!! Você faz a diferença e nesse pouco tempo nos ajudou e muito!!! Ficou feliz por ter conhecido alguém tão louco e legal quanto você, ri muito em suas aulas e refleti bastante. Espero ter mais e mais aulas com você!!



Boas Férias!!

domingo, 29 de novembro de 2015

Cobertura de imprensa: O desastre de Mariana - MG


No último dia 5 de novembro, o Brasil foi palco de um dos desastres mais catastróficos dos últimos anos. O rompimento das barragens de Fundão e Santarém em Minas Gerais, liberou o equivalente a 25 mil piscinas olímpicas de resíduos de minério de ferro, lama e água, um evento apocalíptico que se alastrou até estado do Espirito Santo.

Os grandes meios de comunicação logo trataram de divulgar a informação para as massas. Nenhuma mídia foi imparcial, pois adotaram suas posições políticas-ideológicas. A TV, o rádio, a revista, o jornal e a internet são meios privados de comunicação, portanto possuem seus próprios interesses capitalista que objetivam o lucro, não a informação verdadeira e transparente.

Samarco, empresa responsável pelas barragens é uma joint-venture (sociedade mista) entre Vale e BHP Billiton, essa última gigante de commodities, que teve lucro de $ 13,8 bilhões de Dolores no ano passado. Juntas essas 3 corporações representa um poderoso capital econômico. Desde patrocínios em competições esportivas, a compra de grandes pacotes de mídia em diferentes meios de comunicação. Essas empresas controlam boa parte no Brasil: minério de ferro, pelotas, níquel, fertilizantes, cobre, manganês e ferroliga. 

A cobertura de imprensa do desastre foi bastante superficial. Os grandes meios de comunicação deixaram muito evidente o esforço da Samarco para minimizar os desastres, sobretudo como as substâncias que não ofereciam “riscos” a saúde humana, somente a fauna e a flora. A verdade é uma só: esse desastre vai impactar a vida de milhares de pessoas.

A mídia tratou a lama, a contaminação do Rio Doce, e da praia de Regência litoral no Espirito Santo, com certa naturalidade e minimizando os reais impactos. Por onde passava a lama deixava seu rastro de destruição, matando peixes, animais e plantas. A praia de Regência, berçário de tartarugas foi alastrada pela contaminação. Aquilo não é apenas lama comum é resíduo de minério de ferro, como mercúrio, arsênio e chumbo, que são metais pesados que afetam a saúde humana de maneira destruidora:
  • Perturbação da biossíntese da hemoglobina e anemia; 
  • Aumento da pressão sanguínea; 
  • Danos aos rins; 
  • Abortos; 
  • Alterações no sistema nervoso; 
  • Danos ao cérebro; 
  • Diminuição da fertilidade do homem através de danos ao esperma; 
  • Diminuição da aprendizagem em crianças; 
  • Corrosão da pele, olhos e trato intestinal; 
  • Modificações no comportamento das crianças, como agressão, impulsividade e hipersensibilidade.

Por fim a mídia cumpriu em parte sua função de informar a população, omitindo informações relevantes e tratando com superficialidade o que foi um dos maiores desastres ambientais. Em nenhum momento foi informado as substancias que aquela lama possuía, e como essas substancias podem se perpetuar no ambiente durante milhares de anos, afetando a fauna e flora de maneira permanente, até porque os metais pesados não desaparecem do ambiente eles se perpetuam e vão se acumulando durante a cadeia alimentar, indo das plantas para os animais que a consomem, dos animais para os seres humanos. Isso não afeta a vida de poucas pessoas, mas sim de muitas.